sexta-feira, 19 de junho de 2009

Concurso - "Escrita a 4 mãos"

Não era fácil a vida naquela época. E muito menos para um soldado português na guarnição de Goa, pois era preciso lidar com os nativos, de hábitos tão estranhos. Mas tinhas de fazer o melhor possível, apesar de serem muitas as saudades da pátria. Os teus companheiros eram excelentes e muito divertidos: junto deles o tempo passava depressa. Luís Vaz de Camões, porém, passava sozinho a maior parte do tempo. Era estranho…Que andaria ele a fazer? Quando conseguiste, finalmente, fazer amizade com ele, ficaste surpreendido com a resposta à pergunta anterior e com a grandiosidade dos sonhos desse homem.


Era uma manhã de Verão em que as bombas entoavam em Goa, assustando os soldados portugueses.
Apesar da minha vontade em voltar para Portugal, não podia abandonar os meus colegas, depois do que eles fizeram por mim.
No meio de tantos, havia um que eu admirava, não só pela sua coragem como também pela sua força de vontade: Luís Vaz de Camões.
Andava sempre sozinho, como se quisesse fugir do mundo. Nunca tinha visto alguém tão estranho! Por vezes, a sua maneira de ser, assustava-me. Sabia que escondia algo, mas o quê?
Um dia fui ter com ele, no princípio receei, mas logo ganhei coragem para o enfrentar.
Perguntei-lhe, disfarçadamente, o que escondia, mas a sua resposta negativa não me convenceu. Insisti. Mas ele continuava a dizer que nada escondia. A quem queria ele enganar?
Estivemos a falar trinta minutos. Foi uma conversa longa, mas consegui descobrir o que escondia.
- Poemas! – respondeu ele.
Sim, era esse o segredo. Eram nada mais, nada menos, do que poemas.
E que lindos que eram!
Dia após dia, tornamo-nos amigos e quando a guerra acabou voltamos para casa juntos.

Cátia Marques, nº7, 6º E
Maria Pereira, nº13, 6º H